Pesquisadores do Instituto de Medicina ClÃnica e Experimental, de Praga, realizaram um estudo com dois grupos de 27 pessoas. O primeiro fez duas refeições maiores por 12 semanas, ingerindo pela última vez à s 16h. Já o segundo se alimentou com seis porções menores ao longo de todo o dia, como é recomendado pelos médicos.
Após estas semanas, os grupos inverteram as dietas. Em ambos os casos, todas as refeições somavam 1.700 calorias. Quando os participantes ingeriram a alimentação duas vezes ao dia, perderam mais peso e tiveram maior redução do nÃvel de glicemia.
Com base nos resultados, os pesquisadores chegaram à conclusão de que refeições em menor número e porções maiores trazem mais benefÃcios para pacientes com diabetes tipo 2.
Segundo a endocrinologista Siomara Tauil, “o diabetes tipo 2 é causado quando o corpo não produz uma quantidade suficiente de insulina para que a glicose entre nas células. Quando este processo não ocorre, a glicose se acumula no sangue e seu excesso é eliminado na urina. Os resultados do estudo de Praga provavelmente não promovem grandes variações glicêmicas ao longo do dia. Possivelmente, devido ao horário da última refeição, os participantes da pesquisa apresentam pela manhã nÃveis mais baixos de glicemia e de insulina, o que diminui a fome, contribuindo também para redução de peso”.
“Enquanto não temos uma definição deste estudo de forma mais duradoura, pois os participantes foram acompanhados por um perÃodo curto, é importante que os pacientes sigam as recomendações e cuidados já estabelecidos pelos médicos. A pessoa que seguir a orientação do estudo pode sentir tonturas devido à s baixas glicêmicas no perÃodo sem alimentação. Se o médico permitir esta mudança na ingestão, certamente este profissional de saúde ajustará o medicamento para não haver hiperglicemias e nem hipoglicemias”, alerta Dra. Siomara.
“Mas é importante salientar que pacientes com diabetes tipo 1 não devem seguir esta dieta”,  esclarece Dra. Siomara.
A orientação alimentar é um dos principais aspectos no tratamento do diabetes, sendo a dieta um componente de grande importância para o controle da glicemia e do peso. “O plano alimentar do paciente com diabetes geralmente necessita de maior restrição dos carboidratos simples, devido à rápida absorção intestinal, para que não ocorra aumento brusco da glicemia, dando preferência aos carboidratos complexos. Praticar regularmente exercÃcios fÃsicos facilita o controle de açúcar no sangue, melhora os nÃveis da hemoglobina glicada, ajuda a perder peso, previne o desenvolvimento de doenças cardÃacas, melhorando assim sua qualidade de vida. Por isso, não mude as recomendações alimentares estabelecidas, antes de conversar com seu médico, assim você evita  complicações que podem interferir no seu bem estar”, finaliza a endocrinologista.